quarta-feira, 7 de julho de 2010

Yamandú Costa - O Mestre do Improviso.


Nasceu na cidade gaúcha de Passo Fundo. Filho da cantora Clari Marson e do trompetista e violonista Algacir Costa, líder do grupo Os Fronteiriços, Yamandú cresceu em meio à música. Aos quatro anos, quando sua família apresentava-se num bar em Porto Alegre, seu pai chamou o garoto ao palco para cantar. Aos sete, Yamandú - que em tupi-guarani significa "precursor das águas" - começa a aprender os primeiros acordes no violão.

Após dois anos, quando apresentava-se com um primo num bar de Maceió (AL), Yamandú descobriu aquilo que iria tornar-se a base de sua música: o improviso. Seu primo ao "abandoná-lo" no palco, enquanto tocavam Marina de Dorival Caymmi, provocou nervosismo no menino que, por não saber a musica direito, começou a improvisar.

Sob protestos dos pais, Yamandú largou de vez os estudos e passou a se dedicar integralmente ao violão, exigência imposta por seu pai. A partir daí começou a estudar teoria com o próprio pai e, na noite boêmia, aprendeu a tirar músicas de ouvido. Suas maiores influências são Tom Jobim, Astor Piazzolla, Radamés Gnattali, o violonista argentino Lúcio Yanel, o som regional gaúcho e canções tradicionais latino-americanas.

Em 2001, venceu o 4º Prêmio Visa de MPB. Em sua apresentação no Free Jaz, no mesmo ano, arrancou múltiplos aplausos da platéia, mostrando com energia seu estílo e presença de palco. Ainda naquele ano, lança “Yamandú”, seu primeiro trabalho, produzido por Maurício Carrilho.

O segundo álbum, “Yamandú Ao Vivo”, saiu pela ABGI, em 2003. No ano seguinte, o violinista se juntou a Paulo Moura, o mestre do clarinete e do saxofone, no disco “El negro del blanco”. No álbum, recebido com elogios pela crítica, o choro, o samba e o frevo estão lado a lado com o tango, a milonga e a habanera, em uma aberta homenagem aos estilos hermanos.

Como prova de reconhecimento, o instrumentista recebeu o Prêmio Tim de Melhor Solista, em 2004. O trabalho mais recente de Yamandú foi um DVD lançado pela Biscoito Fino, em 2005. A apresentação, gravada ao vivo no Sesc Pompéia, em São Paulo, mostra todo talento do jovem instrumentista em 15 interpretações de rara personalidade no seu violão de sete cordas.

É hora de trocar as cordas!!

Se o seu violão, de uns tempos para cá, parece ter perdido o som, os agudos e os baixos ficaram abafados e as notas dos acordes se tornaram sem brilho. É a hora de trocar as Cordas!

Muito frequentemente esquece-se esse tipo de manutenção do violão: não é dificil encontrar violonistas que tocam com cordas gastas do violão, com o revestimento completamente oxidado, com cordas desafinadas. As cordas do violão devem ser trocadas muito antes de chegar a esse estado. O certo é substituí-las de poucos em poucos meses, dependendo evidentemente , da frequência com que o instrumento (violão) é usado. Isso vale principalmente para os principiantes, pois as cordas velhas perdem a afinação, dificultando assim o desenvolvimento de um bom ouvido musical.

Depois de colocadas, as novas cordas do violão requerem cerca de dois a três dias de uso para ficarem amaciadas. Para prolongar o tempo de duração das cordas do violão, depois de tocar, passe sempre uma flanela para retirar a sujeira.

A instalação das Cordas no Violão

Fabricantes de violões, muitas vezes aconselham que as cordas novas sejam colocadas uma por vez no violão. A idéia é que retirar todas as cordas velhas do violão de uma só vez reduz a tensão no braço do instrumento, podendo distorcê-lo. Na realidade, isso é pouco provável. Talvez, o mais importante seja soltar as cordas do violão por igual, de forma que a tensão seja reduzida equilibradamente.

As vezes, as cordas arrebentam ao serem instaladas, e o chicotear das pontas soltas pode ser perigoso. Por isso, deve-se manter o rosto afastado das cordas ao afiná-las, principalmente quando o violão utiliza cordas de aço.

As cordas jamais devem ser afinadas mais de um tom acima do diapasão. Isso não apenas aumentaria a probabilidade de quebras, como também provocaria uma grande tensão no braço do violão, que poderia se distorcer. Ao colocar as cordas no violão ou na guitarra, é comum que quando a última estiver sendo afinada, a primeira já tenha descido de tom. Por isso caro leitor, tenha sempre em mente: Cordas novas sempre levam alguns dias para se estabilizarem, e então permanecem aproximadamente afinadas!


quinta-feira, 24 de junho de 2010

Acordes de violão


Geralmente quando alguém se interessa em aprender violão, começa com acordes. A menos que ingresse num curso de violão clássico. Porém creio que em mais de oitenta por cento dos casos, é o nosso violão popular.

Acordes nada mais são – dito de uma forma simples – do que o agrupamento de notas musicais de maneira harmoniosa.

Se você é leigo no assunto, mas já observou alguém tocando violão um pouco mais de perto, deve ter reparado que o instrumentista apertava várias cordas do violão ao mesmo tempo. A menos que estivesse fazendo um solo. Ele estava então fazendo acordes.

Para o simples acompanhamento de uma música, os acordes são suficientes.

O estudante principiante irá começar aprendendo os acordes chamados “naturais”. Estes são os acordes básicos, que se dividem em acordes maiores e menores.

Agora complicou. Porque “maiores e menores”? É claro que isto nada tem a ver com o “tamanho” dos acordes.

Ocorre que os acordes naturais são formados por três graus da escala de cada tonalidade. O primeiro, o terceiro e o quinto graus. Tá legal, agora pegou mais ainda. Vamos seguir adiante.

Acontece que a música tem escalas, que são compostas por notas musicais. Por exemplo, a escala de C (dó maior), é composta das seguintes notas:

1) C, 2) D, 3) E, 4) F, 5) G, 6) A, 7) B, 8) C

dó, ré, mi, fá, sol, lá, si, dó

Portanto, um acorde de C (dó maior) é composto pelas notas 1)C 3) E 5) G

O que um violonista faz então, ao apertar aquelas benditas cordas, naqueles exatos lugares?

Ele aperta as cordas nas casas do braço do violão que correspondem às notas necessárias para formar o acorde desejado.

Já sei. Você está aí pensando: “mas o violão tem seis cordas”. É verdade. Se o sujeito apertou somente três, o que acontece com as outras três? Pois é… complicou mais um pouco. Mas nem tanto.

Em alguns casos, uma ou mais cordas que não foram apertadas fazem parte do acorde, por estarem repetindo as notas do mesmo. Outras, não fazendo parte do acorde, não deverão ser tocadas.

Vamos continuar com o acorde de C (dó maior). Há várias maneiras de se fazer acordes no braço do violão. A mais popular, para o acorde de C é apertando-se as seguintes cordas:

Segunda corda – primeira casa – nota C (primeiro grau)

Quarta corda – segunda casa – nota E (terceiro grau)

Quinta corda – terceira casa – nota C (repetida)

As demais cordas:

Primeira corda solta – nota E (repetida)

Terceira corda solta – nota G (quinto grau)

Sexta corda solta – nota E (repetida)

E esta história toda se repete ao longo do braço do violão, para uma infindável quantidade de acordes, maiores e menores, com variações e assim por diante.

Só para que se tenha uma idéia: quando estava começando a aprender violão – e lá se vão mais de trinta anos – não havia internet (ah, meu Deus, não havia celular também). Pra dizer a verdade, eu nunca tinha visto um computador.

O negócio então eram as revistas, livros de música, etc. Um belo dia, deparei-me com uma revista que alegava ter ali, impressos, mais de setecentos acordes! Uau! Comprei na hora, mas já com um ligeira impressão de que jamais iria saber tocar todos aqueles acordes.

Bem, eu estava certo. Creio não saber mesmo. Optei sempre pelo caminho mais simples (preguiçoso…), que é o de usar os acordes naturais e as variações mais simples. O suficiente para tocar incontáveis músicas.

O interessante, é que aqueles setecentos acordes não são nem de longe todos os acordes possíveis. Entre as variações, menores e maiores, diferentes formações para os mesmos acordes, são milhares e milhares de acordes possíveis.

É claro que não é necessário aprender todos eles. O que ocorre é que um violonista profissional, com pleno domínio do instrumento, conhece profundamente o braço do violão, as sequencias de notas de cada parte do braço e as diversas escalas, fazendo uso destes conhecimentos para executar acordes em qualquer lugar do braço, sem ter que decorar uma quantidade infinita de acordes.

Fonte: Acordes de Violão


Dicas para fazer uma boa pestana.

Basta alguém falar em "pestana", que muita gente já começa a pensar em desistir. Afinal a pestana tem sido o responsável por alguns dos maiores traumas no estudo de instrumentos de corda em geral, sem falar na dor, nem falar da demora para trocar de acorde quando aparece uma pestana pela frente. Na verdade, a pestana existe para facilitar a troca dos acordes. As pessoas reclamam de dores no polegar, no indicador e no músculo que fica bem no meio deles. Bem, o motivo porque dói é simples: os músculos envolvidos no processo, não estão desenvolvidos o suficiente para fazer o trabalho, e acabam entrando em colapso, prejudicando o som e doendo. Felizmente, a solução é simples: ginástica com os dedos.

~> EXERCÍCIO 1
Usando só o polegar e o indicador, faça uma pestana simples na primeira casa do seu instrumento (não importa que normalmente o seu instrumento nem use pestanas, os exercícios darão força ao polegar). Aperte o dedo indicador da mão esquerda sobre todas as cordas e toque uma vez só. Em seguida avance uma casa, aperte as cordas e toque de novo uma vez só, repita até a sétima casa.

Faça esse treinamento alguns dias, depois que ssa "ginástica" surtir algum efeito, e estiver mais fácil de produzir um som limpo, podemos usar as pestanas de verdade:

~> EXERCÍCIO 2
Escolha uma pestana mais ou menos que fique no meio do braço do seu instrumento. Depois escolha três acordes (posições) que não sejam pestanas, e numere-os (acorde 1, acorde 2 e acorde 3). Em seguida, sempre lembrando de tocar cada acorde uma única vez, vá tocando na seguinte ordem: Acorde 1, Pestana, Acorde 2, Pestana, Acorde 3, Pestana, etc. Tente ir aumentando a velocidade aos poucos.

Afinando corda a corda

A afinação correta do seu violão é parte fundamental para que você possa harmonizar seu instrumento. Com o violão desafinado todas as músicas tocadas parecem estar erradas. Abaixo é apresentado uma explicação simples de como afinar seu violão.

1. Afinando a 5ª corda - LÁ
Para se iniciar a afinação é necessário antes termos algum som como referência. Começamos a afinação diretamente na 5ª corda pois temos fontes comuns de referência para este som. Especificamente desta corda LÁ (5ª corda de baixo para cima) podemos ter como base o som do pulso do telefone que vibra igual a 440hz. Escute o pulso do seu telefone e vá girando a tarracha da corda LÁ até que os dois sons vibrem de maneira harmoniosa, ou seja, não pareçam estar diferentes.

2. Afinando a 4ª corda - RÉ
Com a 5ª corda afinada podemos até afinar a 4ª corda (RÉ) sem precisar ouvir uma outra fonte de som como referência. Para isto basta tocar a 5ª corda no 5º traste e em seguida tocar a 4ª corda solta. Os dois sons devem ser iguais. Vá girando a tarracha da corda RÉ até que os dois sons se igualem. A figura abaixo ilustra melhor.

3. Afinando a 3ª corda - SOL
O processo aqui é igual ao anterior. O som da 3ª corda (SOL) solta deve ser igual ao da 4ª corda tocada no 5º traste. Vá girando a tarracha da corda SOL até que os dois sons se igualem. A figura abaixo ilustra melhor.

4. Afinando a 2ª corda - SI
A diferença aqui é que a 2ª corda (SI) tocada solta é igual a 3ª corda tocada no traste.
Vá girando a tarracha da corda SI até que os dois sons se igualem. A figura abaixo ilustra melhor.

5 . Afinando a 1ª corda - MI (ou "mizinha")
A 1ª corda (mizinha) tocada solta tem o mesmo som da 2ª corda (SI) tocada no 5º traste. Como nas estapas 1, 2 e 3. Vá girando a tarracha da corda MIZINHA até que os dois sons se igualem. A figura abaixo ilustra melhor.

6 . Afinando a 6ª corda - MI (ou "mizão")
A 6ª corda (mizão como é conhecida) tocada solta tem o mesmo som da corda (mizinha) tocada solta porém em oitavas diferentes, ou seja, o som é o mesmo embora um seja mais grave e o outro mais agudo. Vá girando a tarracha da 1ª corda MIZÃO até se igualem ao som da corda mizinha solta.. A figura abaixo ilustra melhor.

Robson Miguel - o mestre do violão


Robson Miguel é um cidadão ribeirãopirense. É também um músico virtuoso de reconhecimento internacional, merecidamente agraciado com inúmeros títulos, homenagens, honrarias e prêmios no Brasil, na América Latina, Europa e Japão, faltando ser devidamente reconhecido na prática somente aqui, na sua cidade. Já participou dos principais programas de entrevistas e música da TV e do rádio e, naturalmente, já fez centenas de shows tanto em teatros e palcos consagrados como nos mais humildes, levando a todos a oportunidade de conhecer passagens fascinantes da nossa história e da cultura indígena, mesclado ao raro prazer do ecletismo da sua música, ao mesmo tempo divulgando o nome da nossa cidade em suas andanças pelo Brasil e pelo mundo. É também representante legítimo da cultura indígena como único Cacique Guarani Cafuzo do país, juntamente com sua adorável esposa, a Índia Tikuna, We’e’ena. Juntos, além de propagarem a cultura musical com rara erudição e abrangência, defendem as causas indígenas e fazem extensas pesquisas e levantamentos sobre sua cultura no ABC e além, ajudando a corrigir erros seculares sobre como vemos os costumes indígenas, sempre com o incansável otimismo, pureza e energia características de suas etnias e formação.

Por tudo isso, Robson Miguel já foi consagrado como Personalidade Brasileira dos 500 anos, Personalidade da Cultura de 2002, recebeu a Homenagem da Ordem dos Músicos do Brasil, foi eleito Violonista Magnífico de 2002, recebeu a Comenda da Ordem do Mérito da Educação e Integração, a Medalha de João Ramalho, a Comenda da Soberana Ordem de D. Pedro I, a Medalha Maestro Carlos Gomes, a Grã Cruz do Mérito Filosófico e Cultural e é Chanceler Ambiental, porta-voz da causa e da cultura indígena, entre muitas outras honrarias e hoje ocupa o 1º lugar no Ranking Mundial de Violonistas, com dezenas de CDs, DVDs e vídeo-aulas gravados.

História do violão

O violão é um instrumento típico da música brasileira. Porém, não foi criado no país. Especula-se que sua origem seja da região Oriental, levada à Península Ibérica pelos Árabes. Outra teoria é que seja originário da Grécia ou de Roma, descendendo da Lira grega. Seja qual for a esua origem, ao longo dos séculos os instrumentos prercussores do violão foram sendo gradativamente transformados, sendo muito usados na Espanha e em Portugal. A nomenclatura espanhola do violão é guitarra, assim como a inglesa (guitar). Por isso, para evitar confusões de nomes, em vários países se costuma chamar o violão de Spanish Guitar (Guitarra Espanhola), distinguindo-o da Guitarra Elétrica. O nome violão é específicamente usado no Brasil e em Portugal, sendo neste último também chamado de Viola.

Na ilustração abaixo estão indicadas as partes do violão com os nomes com os quais são mais comumente chamadas



As seis cordas são contadas a partir da mais fina:
1ª - MI agudo
2ª - SI
3ª - SOL
4ª - RE
5ª - LA
6ª - MI grave

As cordas são dedilhadas com o polegar, indicador, médio e anular da mão direita, enquanto os dedos da mão esquerda (menos o polegar) fazem pressão nos espaços entre os trastes para produção das notas. Para indicação do dedilhado da mão esquerda, a numeração usada é:

indicador=1
médio=2
anular=3
mínimo=4

 

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